Fibra nobre

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Nome pertencente ao exclusivo e muito reduzido clube dos produtores de têxteis de fibras nobres, o Lanifício Luigi Colombo chega a Portugal com a sua linha de alfaiataria.

 

Se é verdade que o feitio, design se preferirem, de um peça de vestuário é fundamental, não é menos verdade que, para o consumidor mais conhecedor, a origem e a matéria-prima empregue na sua construção não é menos importante e pode determinar não só factores como a durabilidade, e a arquitectura de uma peça, da sua construção ao aspecto estético, como questões mais práticas como a eficiência térmica ou a mais óbvia relação preço qualidade.

Uma das vantagens que a alfaiataria ou a confecção por medida apresenta em relação ao pronto a vestir é precisamente a participação que o cliente tem na escolha do material em que a sua peça vai ser construída. À margem de tendências fugazes ditadas pela moda, o cliente pode escolher por entre uma vasto leque de cartazes em que fibras, cores, texturas, gramagens, origens, fabricantes e, claro, preços se apresentam sob a forma de tecido.

O exercício que pode resultar algo intimidador para os neófitos é um prazer para o connoisseur que pode dar largas à sua imaginação num jogo em que poucas são as barreiras para além do gosto de cada um e, claro, dos valores, que podem tornar a brincadeira deveras dispendiosa. Sobra-nos o consolo de quando acertado, poder a loucura ser vista como um investimento em prazer a longo prazo.

Como em tudo na vida também aqui existem diversos níveis e como um dia alguém um dia disse: “o que é caro nem sempre é bom mas o que é bom é inevitavelmente caro.”

O clube das fibras nobres ocupa os píncaros desta actividade.

De origem animal engloba o pelo de animais, cabras, ovelhas e outros bovídeos e camelídeos com origem em regiões inóspitas do planeta como a Mongólia ou a Cordilheira dos Andes na América do Sul, de cujo pêlo, ou lã, se fabricam alguns dos mais protectores, belos e preciosos tecidos que o mundo já viu.

Pela sua raridade, delicadeza e exigência no trato e consequente custo, são muito poucas as casas que se dedicam à transformação desta excelsa matéria-prima e ainda mais raras aquelas que a trabalham com sucesso ao mais alto nível fazendo dela a matéria-prima de luxo que é, por todas as definições.

Nesta verdadeira indústria de nicho altamente prestigiada, onde o made in Italy é rei e senhor e cujo nome mais conhecido é o da Loro Piana, o lugar de líder mundial na produção de fibras nobres é ocupado pelo Laníficio Luigi Colombo.

Assim, quando compra uma caxemira ou qualquer outra fibra nobre como a vicuña, guanaco, pêlo de camelo, ou lã merino, em tecido para alfaiataria, ou já transformadas em vestuário numa qualquer marca de luxo, apesar do nome do fabricante, por norma, não constar na etiqueta, se estiver mesmo perante um tecido de inegável qualidade, existe uma existe uma forte probabilidade de este ter sido produzido pelo Lanifício Luigi Colombo.

A têxtil familiar foi fundada por Luigi Colombo. Nascido em 1927 em Tradate na Lombardia no seio de uma família ligada à indústria ficaria órfão com apenas 10 anos tendo sido criado por um tio, um prestigiado empresário têxtil de Biella na vizinha região do Piemonte. Tido como um homem sensível e muito inteligente com uma ética de trabalho muito rigorosa, aos 20 anos já era responsável pela fábrica do tio.

Depois de se casar, Luigi, decide arriscar a actividade empresarial por conta própria no sector das fibras nobres, actividade consentânea com o seu espírito criativo e aventureiro foi pintor e conhecido velejador.

Na década de 70 os filhos Roberto e Giancarlo juntaram-se ao pai, injectando uma dose juventude e audácia que seria determinante para o futuro da empresa. Para além de estabelecerem relações directas com os fornecedores de lã espalhados pelo mundo, dos Andes à Austrália até à China onde passaram a negociar diretamente com os pastores mongóis.

Uma atitude que lhes permitiu estabelecer um contacto privilegiado com pastores e criadores, e controlar melhor o produto na origem. Simultaneamente uma política forte e contínua de investimento em investigação e inovação, conferiu-lhes uma posição invejável no mercado.

Por altura dos anos oitenta conta já com os principais nomes da moda internacional como seus clientes. Com a indústria do luxo a crescer e a procura de tecidos de altíssima qualidade a aumentar tornam-se líderes do sector das fibras nobres tornando-se especialistas a trabalhar caxemira, guanaco, vicunha, camelo, e fibras de espécies sobejamente conhecidas como a marta, a chinchila ou a zibelina mas cujo uso como têxtil não é muito comum, mais que não seja pelo preço.

Actualmente a empresa, que já vai na terceira geração tem duas fábricas, em Borgosesia e Ghemme, que cobrem uma área de 30.000m2 onde trabalham cerca de 400 pessoas que transforma por ano mais de 500 mil quilos de matéria-prima.

A mão de obra altamente especializada onde a experiência e o trabalho manual alterna com a a mais avançada tecnologia de fiação é um dos grandes trunfos desta casa familiar que quer continuar a crescer de forma sustentada.

Para além de fornecedores das mais afamadas casas de moda do mundo o Lanifício Colombo lançou em meados dos anos oitenta a sua linha própria de pret-a-porter com malhas acessórios e têxteis para a casa presente em pontos de venda multi-marca, armazéns de prestígio e lojas próprias. As suas lojas em Itália, encontram-se em Milão, na famosa Via della Spiga, na Via Borgognona em Roma, Bergamo e Porto Cervo e, fora de Itália, na Coreia do Sul, em Seoul, Daegu e Busan.

A chegada a Portugal, onde passa agora a estar disponível na capital em tecido a metro na Sumisura em frente ao Ritz Four Seasons, faz parte de um plano de expansão que visa levar o nome do Laníficio Colombo a novos mercados. A estratégia, segundo os responsáveis da marca passa também pela abertura de novas
lojas embora Lisboa, pelo menos para já, não esteja a ser equacionada.

Fernando Pereira, especialista na confecção Made to Measure que já disponibilizava os nomes mais sonantes do mercado de tecidos de alfaiataria, as fibras nobres da Laníficio Colombo, vêm elevar ainda mais a oferta da Sumisura cujos clientes podem agora tocar e sentir aquela que é provavelmente a melhor caxemira do mundo

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